Uma 'chuva' de paradoxos...
"(Second Life) é diferente da 'vida real'. Na 'vida real' temos chuva. Mas (em Second Life) não temos que nos preocupar com a chuva, portanto para que precisamos de telhados?..."
Quem fala assim é Bonnie Mitchell, co-administradora da Bowling Green State University, Ohio, USA. A BGSU inaugura hoje a sua ilha em SL, como noticia o toledoblade.com.
"Queremos disponibilizar experiências educativas difíceis de mimetizar no mundo real.", acrescenta o Prof. Fontana da BGSU.
Parece um início auspicioso para a presença desta faculdade em Second Life.
Em Second Life vendem-se telhados (também de vidro), guarda-chuva, guarda-sol,... sem haver chuva nem sol que afecte o estado impecável dos avatares!
(Astérix em Second Life teria receio que o Céu lhe caísse em cima da cabeça, mas um avatar não gaulês nem sequer prevê essa eventualidade)
Em Second Life, uma praia que se preze tem toalhas coloridas espalhadas em areais sem fim, sem que os avatares se incomodem com os irritantes grãos que na 'vida real' se introduzem nos recantos mais inconvenientes do nosso corpo!
Em Second Life, os quadros estão 'pregados' nas paredes, os candeeiros presos aos tectos, e os portáteis pousados em tampos de secretárias... e não existe gravidade que os faça cair ao chão!
Em Second Life, as 'avataras' vestem bikinis para entrar nas piscinas, mas molham-se tanto como se fossem de gabardina ou sem roupa!
Em Second Life, vendem-se armas para matar, mas os alvos não morrem!
Retomando as palavras do staff da BGSU, o desafio mais interessante em Second Life parece ser a construção de "experiências difíceis de mimetizar no mundo real".
Essa será a chave da 'vida virtual' dos próximos tempos: a fuga à (tentadora) chuva de paradoxos!
Fartos de chuva, de telhados, de escaldões, de areia, de pregos, de bikinis, de armas, ..., estamos nós cheios!
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