3.11.07

O reino da podridão 'abre delegação' em Second Life

Serve este artigo para falar de coisas más em Second Life!
O autor do artigo podia, até hoje, parecer naif; podia até pensar-se que queria parecer naif; ou podia especular-se se afinal não seria um funcionário da Linden Lab 'evangelizando' os portugueses para um 'admirável mundo novo'!
Hoje podem dissipar-se algumas dúvidas, porque este artigo serve para falar de 'podridão' em Second Life!

A abertura das delegações da Reuters, da CNN, da Bershka, da IBM, da Armani,... entre muitas outras, ajudaram a encher a 'bolha' mediática que virou a atenção dos consumidores para SL.
Mas a 'delegação que abriu' agora em Second Life foi a de um reino podre: o reino da pedofilia! Não teve data oficial anunciada, mas o trabalho de investigação de Jason Farrell para a Sky News (bem) elaborado em Second Life, mais concretamente na ilha Wonderland, retrata com rigor uma das faces mais negras no 'mundo virtual' da Linden Lab.
Questões jurídicas e penais à parte (nem sequer se sabe ao certo quem são as vítimas!), o trabalho de Farrell vem confirmar a mimetização de espaços e comportamentos da 'vida real' em Second Life.
Na peça da Sky News, o vice-presidente da Linden Lab defende-se: não compete à sua empresa acompanhar ou controlar as actividades ilícitas ou escabrosas em Second Life. Tal como em qualquer outra plataforma de comunicação síncrona ou assíncrona online, competirá às autoridades judiciais a averiguação de delitos mais ou menos graves, e, ainda por cima, delimitados por quadros legais da RL muito heterogéneos.

O autor deste artigo não visitou a Wonderland! À vontade de conhecer os contornos da 'podridão', sobrepôs-se a incapacidade previsível para identificar os intervenientes: seriam os avatares das crianças que oferecem serviços sexuais controlados por crianças 'reais'? Ou seriam esses avatares manipulados por jornalistas, investigadores ou agentes policiais em busca de 'delitos virtuais'?
A dúvida mata, à nascença, a tentativa de perceber o fenómeno.
Esta é uma história que não acaba aqui, porque ainda está por escrever!
Em Second Life ou noutro qualquer ambiente social online, o que interessa verdadeiramente entender é até que ponto a mimesis da realidade 'ajuda' a configurar comportamentos na própria 'vida real'.
Sem dramatismos, o autor deste artigo limita-se a noticiar algo resignado:
"O reino da podridão 'abre delegação' em Second Life!"

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois para os pedofilos prisão perpetua. Mas a proposito de reino de podridão também vale a pena falar de outras podridões do nosso sistema que deram origem a um silencio de morte sobre o escandalo do reino de faz de conta, montado ao longo de décadas pelo Sr. Duarte Pio de Bragança e companhia. Vale a pena ver www.reifazdeconta.com e perceber como nem tudo o que brilha é oiro e o "rei" vai mesmo nu....!