Auto-canibalização 'ma non troppo'?
No mês passado, Rosenthal Alves, professor e especialista em ciberjornalismo na Universidade do Texas em Austin, esteve na Universidade Nova de Lisboa onde falou dos media e dos desafios dos novos formatos.
Rosenthal defende a auto-canibalização dos media, por considerar que é preferível que, havendo canibalização, esta seja feita duma forma endógena e não exógena.
Considerando que informar é a verdadeira a função do jornalismo, e não a de colocar tinta em papel, Rosenthal Alves acrescenta que o grande desafio é a convivência dos formatos nos media: fotos, vídeos, audio, texto, infografia..., rumo a uma participação democrática do cidadão anónimo na produção de conteúdos.
Assumida a dita 'canibalização' dos media (também referida por Rosenthal como 'mediacídio' durante o 5º Congresso da SOPCOM em Braga em Setembro de 2007), o que parece ainda não ser muito muito claro para o professor da UT é a penetração dos media nas redes sociais e nos mundos virtuais online.
Dos formatos recorrentemente referidos por Rosenthal, fazem parte os que já vemos implementados na maioria dos jornais de referência em todo o Mundo: foi lenta, mas a transição (ou revolução) do papel para o digital parece ter sido pacífica, configurando os media como espaços muito mais ricos de conteúdos e participados, com recurso a uma linguagem hipermédia consolidada na web há muito tempo no mundo empresarial.
Parece, no entanto, faltar a abertura (o arrojo?) para a banalização de outros processos comunicativos emergentes na 'nova web': os das redes sociais e os dos mundos virtuais.
Aí residem outros paradigmas comunicacionais conducentes ao verdadeiro reforço da 'participação democrática'.
Parece que os 'temores' dos jornalistas persistem face ao modelo da 'web social'...
Auto-canibalização 'ma non troppo'?
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