Erro de paralaxe no marketing político
O DN noticiou: "Menezes aconselhado a entrar no Second Life".
A notícia dizia respeito ao que se passou num debate na Universidade Lusíada, e o 'conselho' terá saído da boca de António da Cunha Vaz, responsável pelo marketing político da actual liderança do PSD, que encorajou o líder a apostar nas novas tecnologias. A esse propósito, afirmou que "qualquer partido de oposição devia ter um 'Second Life' para mostrar aos portugueses como faria se fosse Governo."
Aparentemente, o título até podia fazer sentido (veja-se o caso da 'incursão' política espanhola em SL). Já o que se terá seguido, dificilmente se entende: usar Second Life como um 'simulador' de políticas prometidas, não aparenta ser uma manobra muito eficaz, podendo até levar ao desespero (veja-se o caso de Llamazares e das suas muito criticadas estratégias virtuais).
As presenças de Llamazares e de Zapatero em Second Life são tão diferentes quanto é a posição de ambos na RL: um candidato sistematicamente afastado da agenda política vs. um primeiro-ministro que as sondagens apontam como o próximo 'residente' do Palácio da Moncloa!
Certamente com a melhor das intenções, Cunha Vaz pode estar a oferecer um 'presente envenenado' a Menezes. Ou terá sido um 'erro de paralaxe' de marketing político?
A não ser que, como terá referido Jorge Coelho no mesmo debate a propósito das estratégias de Blair, o príncipio seja o de 'exagerar no anúncio das políticas para obter melhor cobertura mediática'...
E aí, no capítulo dos 'exageros', Second Life serve na perfeição a classe política!
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