Sobre a 'morte' de Google Lively
A recente notícia da Google sobre a morte anunciada de Lively, teve certamente consequências diversas nos 'habitués' dos mundos virtuais e das redes sociais:
- sorrisos cínicos dos residentes em 'mundos' concorrentes
- lágrimas de crocodilo de donos de 'ilhas' em Lively, emigrantes de redes sociais 2D
- sentidos pêsames de quem, de facto, acredita(va) no projecto da Google
- etc, etc, etc...
À boa maneira 'googliana', o anúncio foi seco e curto, e sem direito a apelo nem recurso, na lógica 'top-to-down' da jovem (!) empresa.
As razões, as mais legítimas e sempre muito lógicas e aritméticas:
"Google sempre suportou este tipo de experiências porque acreditamos que é a melhor forma de criar produtos que mudem a vida das pessoas. MAS sempre estamos cientes de que quando corremos estes riscos, nem todas as apostas se pagam a si próprias.
É por isso que (...) decidimos fechar Lively até ao final do ano. Foi uma decisão difícil, mas queremos assegurar que as prioridades dos nossos recursos estão centradas no negócio do motor de busca, da publicidade e das aplicações..."
Ou, por outras palavras, esta coisa dos mundos virtuais ou lá o que isso é 'não é definitivamente a nossa praia': dá pouco lucro, montes de trabalho e uma carrada de chatices associadas.
Houve até quem, como Chris Matyszczyk no cnet, tenha encontrado uma razão lógica para o anúncio a prazo da morte de Lively: o receio da Google em contribuir para o aumento dos divórcios que decorrem da utilização de 'mundos virtuais' :) Isto porque, por coincidência, a notícia foi divulgada na mesma semana das mediáticas histórias das desavenças amorosas virtuais/reais/virtuais de que todos ouviram falar e que ninguém parece querer entender.
Se calhar o Chris não anda longe da verdade: desenvolver (ou ser proprietário) de um 'ambiente virtual' com conteúdos exclusivamente criados pelos seus 'residentes', é um risco do 'caraças'...
E a Google, empresa séria e ciente das suas prioridades, não está para embarcar nessas aventuras 'à la East Coast' porque já tem um nome (ou $) a preservar e a respeitar...
1 comentário:
nunca convenceu....nem suscitou grande interesse...
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