Um problema de sombras!
A implementação em Second Life de sombras projectadas está na ordem do dia!
Há quem diga que sim, há quem diga que não senhor, obrigado.
Wagner James chama a atenção para mais uma possível 'balcanização' de Second Life com a implementação das sombras no viewer oficial, uma vez que as exigências de hardware serão ainda maiores.
Gwyneth Llewelyn, por outro lado, parece defender a dita implementação, em nome de um ambiente graficamente mais rico, mais apelativo (mais real?).
SignpostMarv Martin avança ainda com o potencial risco das referidas sombras quando usadas para prejudicar o 'vizinho': a simples construção de um objecto com grande altura colocaria o parceiro do lado literalmente 'às escuras' (o Sol e a Lua tratariam de produzir os seus efeitos).
A questão está longe de ser pacífica, e todos os argumentos parecem ser pertinentes!
Mas, uma vez mais, por trás da decisão de ter ou não ter sombras, existe uma opção clara que a Linden Lab deve assumir: deverá a representação gráfica em Second Life ser o mais realista possível?
Questões técnicas à parte (o tal risco de 'balcanização'), o que representa, do ponto de vista cognitivo, andar e sobrevoar espaços com sombras projectadas em tempo real?
A tentação da mimetização é grande, e aparenta induzir conforto.
Apesar de, do ponto de vista experimental e projectual, as sombras poderem ser uma mais-valia interessante, na prática introduzem um complexidade na composição do espaço que ultrapassa aquilo que, assim à distância, podemos imaginar...
A percepção do espaço num ambiente graficamente mais 'flat' como o que agora existe no viewer oficial nem sempre é imediata, e, por vezes, chega a ser um factor de desencorajamento.
A mesma percepção espacial com sombras exige uma maturidade e uma cultura visual e espacial que eventualmente não existe na maioria dos residentes...
Se isso funcionar, de alguma forma, como um factor 'complicador' na experiência 'virtual', então o melhor será mesmo... deixar as sombras na sombra!
E este vídeo de SignpostMarv Martin em Paris 1900 com e sem sombras explica porquê:
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