29.6.09

Second Life vs. Twitter: comparando o incomparável!

De cada vez que a 'bolha' enche, é difícil resistir às previsões, comparações e outras adivinhações...

O crescimento gigantesco de Twitter é, como era de prever, acompanhado de opiniões especializadas sobre o seu presente, o seu futuro e até o seu passado (que ninguém sabe onde está, talvez nos blogs como este...).

Publicam-se números e gráficos de linhas oblíquas tentadoras, discorre-se sobre tecnologia, comunicação, sociologia, psicologia, economia, gestão, marketing, e fazem-se... comparações!
Como se o acto de comparar validasse fosse o que fosse, sobretudo quando se tenta comparar o incomparável.

Desta vez a publicação de dois textos comparando Second Life com Twitter (!) em sentidos opostos chamou a minha atenção. Não tanto pelos títulos apelativos, mas sobretudo pelo enorme equívoco que constitui a colecção de argumentos que defendem duas aplicações de características e objectivos tão distintos.

Pela voz de Chris Abraham do Advertising Age surge a ideia de que "Twitter tem o que Second Life não tinha: é leve, é barato, é um sistema aberto (e por isso vai sobreviver ao hype)".

Em resposta, Wagner James no seu blog New World Notes argumenta: "Second Life é o que Twitter não é: original e único, 'pegajoso' e rentável".

Vale a pena ler os respectivos artigos e verificar que a argumentação de ambos faz sentido, desde que não utilizada para os comparar descaradamente.

É como comparar um sabonete com uma fatia de queijo, reconhecendo as diferentes qualidades de ambos, mas esquecendo que (em princípio) nem vamos comer o sabonete com marmelada, nem vamos lavar as costas com uma bola de queijo...!

3 comentários:

Israel Scussel Degásperi disse...

tem toda razão... nem cheguei a usar o second life, era um trambolho de pesado e eu (na época) nem tinha uma maquina pra rodar aquilo tudo... hoje graças ao meu arduo trabalho tenho um macbook mas se tivesse um desktop 486 com windows 95 (ui!) rodava o twitter tb...
(@idegasperi)

Thiago Falcão disse...

exatamente o que eu pensei, quando li o texto do abrahan. absurdo.

Pedro Leite disse...

pimba..toma la twitter :P