Walking around!
Caminhar faz bem!
Raul Crimson levou o conselho à letra, e produziu um clip de machinima em Second Life™ muito divertido.
Fica o registo e a vontade de ver mais vídeos com muita criatividade feitos em SL...
Caminhar faz bem!
Raul Crimson levou o conselho à letra, e produziu um clip de machinima em Second Life™ muito divertido.
Fica o registo e a vontade de ver mais vídeos com muita criatividade feitos em SL...
Pois é, 1º de Maio que se preze tem que ter 'trabalhadores' e 'sindicatos', mesmo em Second Life™!
No metaverse também vai ser assim: amanhã abre a SL Union Island, como podem ler aqui.
A Union Island (Ilha Sindical) é um projecto sindical inovador para construir um lugar de encontro para sindicatos e sindicalistas no mundo virtual Second Life™.
O '1º de Maio virtual' "será um dia de formação, de contacto e de celebração, para reunir todos os sindicalistas globais de uma maneira até agora impossível", afirmam os organizadores.
O Programa:
- Festa com o DJ do Club Fracture de Second Life.
- Formação para os activistas sobre como tirar partido de Second Life através do contacto e intercâmbio com os outros, das criações 3D e como elaborar melhores páginas web para os sindicatos.
- Exposição de fotografia e vídeo da campanha “Mindestlohn” da DGB que defende o salário mínimo na Alemanha. O final desta campanha acontecerá amanhã na RL na Alemanha e também em Second Life com a presença de sindicalistas alemães para informar e discutir.
- Truques e conselhos para os organizadores sindicais no Bar Virtual da 'ilha', partilhando conselhos práticos com gente de todo o mundo à volta de uma caneca de cerveja virtual servida pelos trabalhadores de uma empresa cervejeira britânica.
- Visita guiada a “5 fotógrafos”, uma exposição virtual de fotografia de Nova Iorque do Séc. XX, apresentada pelo American Labour Arts Inc.
"A Union Island planeia usar Second Life para criar uma comunidade de sindicalistas, que lhes permitirá encontrar-se e trabalhar conjuntamente em temas comuns da economia global. O projecto também pretende usar o mundo virtual para fazer chegar as campanhas sindicais a novas audiências, e a facilitar a uma nova geração de activistas online a participação na actividade dos sindicatos."
O Vice-Secretário Geral das TUC (Reino Unido), Frances O'Grady, afirmou: “A ideia de um sindicato é a de gente a trabalhar conjuntamente para melhorar as coisas para eles próprios e para os outros, e as redes na internet oferecem uma via poderosa e eficaz em custos, para poder criar novos vínculos. Tal como muitos negócios que se afirmaram nos mundos virtuais como Second Life para fomentar a criação de redes internacionais e a colaboração, será completamente natural que os sindicatos também estejam presentes.”
A SL Union Island é um projecto conjunto das TUC, UNI Global Union e The New Unionism Network, apoiado por sindicatos do Reino Unido, da Alemanha e da Itália.
Se a actividade empresarial em Second Life™ se tem assumido como uma das que registam maior crescimento nos últimos meses, é porque 'cheira' a dinheiro no metaverse!
E onde há empresas e dinheiro a circular... há sindicatos, aprendemos nós da RL!
As coisas estão a ficar cada vez mais iguais, e mais igualmente previsíveis e chatas...
fontes: straightgoods.com, slunionisland.org, blog.comfia.net
A equipa do Babel Project, (bem) liderada em Second Life por Irah Anatine, organiza amanhã mais uma conferência do euro-deputado Paulo Casaca em SL, desta vez sob o tema "O Irão e o Fanatismo Islâmico".
O evento, demonstrador da dinâmica do Projecto Babel, vai ter lugar pelas 21:30 TMG na ilha Utopia (gerida pela ARCI - Associação Recreativa para a Computação e Informática), que acolheu a conferência num período em que o Projecto Babel se encontra em fase de aquisição de uma 'ilha' oficial.
Para assistir ao evento inworld é necessária uma inscrição, que pode ser feita aqui.
A propósito da data que hoje se comemora em todo(s) o(s) Mundo(s), na 'ilha' da Universidade do Porto em Second Life foi criado 'El Rincón de la Salsa', onde os visitantes podem ouvir temas de salsa, bachatas, merengues, ..., e 'bailar con saborrrrrr'!
Basta pesquisar Universidade do Porto, 'teleportar' e procurar o 'rincón', uma pequena ilhota 'caribeña' muito animada...
E que viva a dança!
Por Paulo Frias at 16:55 0 comentários
Etiquetas: dança, ilha da universidade do porto, rincón, salsa
Mais uma novela foi lançada em Espanha, tendo como condimentos a realidade e os mundos virtuais. Desta vez foi Gabriel Mestre Oliver o responsável pela escrita, como noticia a o Diário de Mallorca:
"Gabriel Mestre Oliver não se separa dos seus auriculares. Uma lesão cervical provoca-lhe apitos constantes no ouvido que não o deixam trabalhar. 'O jazz ajudou-me a escrever a novela', confessa. (...) 'Els déus irresponsables' é a sua primeira novela, ainda que não seja de todo um novato na cozinha da escrita, uma vez que já se aventurou em várias ocasiões no relato breve. Esta obra (...) aproxima-se da ficção científica, apesar do escritor se mostrar cauteloso com a denominação deste género 'porque está muito adulterado'. Esta abertura a mundos futuristas ofereceu ao artista um leque de possibilidades muito amplo, já que, através dele, possibilitou uma importante crítica social, uns apontamentos de erotismo e inclusivamente algumas considerações teológicas não demasiado ortodoxas, tudo isso através de uma trama que procura cativar o leitor. (...)
Um dos pontos mais interessantes da história reside no jogo que se estabelece entre o mundo real e virtual, que chega a tal ponto que o leitor perde a noção de quando se encontra num ou no outro. Esta edição reforça esta intenção literária de Gabriel através de uma capa com um desenho do pintor em que são representados jogos de matrioskas, em que a maior oculta no seu interior as outras mais pequenas. (...)
'A minha mãe e o meu neto entenderam (a novela). Com isso pude comprovar que poderia chegar a duas gerações diferentes'.
Maria Antònia, a sua mulher, comenta que Gabriel, que reconhece sentir-se tão cómodo com a caneta como com o pincel, aproveita qualquer situação para rasgar o papel e que possui uma elevada capacidade de observação que centra nos seus personagens: 'Aproveita até a parte de trás dos relatórios médicos e toma notas nas salas de espera do hospital'. 'Sim, as situações e personagens do quotidiano são a minha inspiração', afirma o escritor. Daí que, na novela, transpire uma pulsão entre os costumes da época actual e as ligações às redes informáticas."
Como refere, sobre o livro de Gabriel, Miquel Luís Mestre no seu blog:
"O nome que o protagonista da novela dá à plataforma faz referência às bonecas russas (as que ficam umas dentro das outras) a mesma que um homem que aceda aos mundos virtuais obtém através de um duplicado da sua identidade e da sua pessoa.
É certo que num primeiro momento a carga de ficção pode ser desconcertante para quem é avesso aos mundos virtuais. Mas, precisamente, a história cria um mundo de identidades distribuídas que se alinham numa dimensão temporal. O autor consegue, assim, uma obra acessível a todos, sobretudo aos menos letrados em tecnologia."
O livro está já disponível online em catalão, aqui.
fontes: www.diariodemallorca.es e www.mestremestre.es
O Second Life Ballet apresentou 'The Nut' no metaverse, e Halden Beaumont aka Hugo almeida estava lá!
Já habituados à qualidade dos trabalhos de Beaumont, não foi de espantar o registo em machinima de mais este evento do SL Ballet.
O mérito acrescido, neste caso, é que o vídeo de Hugo Almeida permite dar a conhecer a muito mais público a actividade fecunda do Second Life Ballet, e as possibilidades da utilização de SL em eventos culturais como a dança.
Pessoalmente, encontro ainda outro valor-acrescentado: o registo de um espectáculo de Ballet em Second Life, a que já tinha assistido, mas que nunca consegui 'filmar' como deve ser!
Boa, Halden...
Por Paulo Frias at 15:41 1 comentários
Etiquetas: halden beaumont, machinima, second life ballet, the nut
A notícia foi ontem publicada pela Reuters com o título 'New Linden CEO could be named within weeks', e transcreve parte de uma conversa com Philip Rosedale, ex-CEO da Linden Lab.
Mas o que tem enchido as áreas de comentários quer na Reuters quer nos blogs que acompanham o metaverse, são os 'sábios' pensamentos de Rosedale sobre os 'residentes' de Second Life:
"A única coisa que os utilizadores de Second Life têm em comum é que têm muito tempo." (tempo livre, presume-se...)
"Os utilizadores nas grandes cidades como Nova Iorque ou Los Angeles passam menos tempo em Second Life, não apenas porque estão ocupados mas porque têm menos necessidade de se refugiar num mundo alternativo e anónimo."
"Mau tempo, regimes opressores, pobres condições económicas - assim se cria um utilizador de Second Life."
À parte algumas contradições entre as frases, as palavras que a Reuters coloca na boca de Rosedale são verdadeiros 'tiros no pé', e demonstram:
- presunção
- falta de cultura geral
- falta de rigor
- insensibilidade social
- pouca correcção
- total incapacidade para saber como está o tempo
- total incapacidade para entender o que é um regime opressor
- total incapacidade para perceber o que é a pobreza
Ou seja, tudo o que um ex-CEO não deveria demonstrar.
Rosedale descolou definitivamente da realidade!
Violeta Yakan é uma portuguesa 'residente' em Second Life desde, pelo menos, Agosto de 2006.
Foi mais ou menos a altura em que entrei pela primeira vez e conhecia-a no meio dos (poucos) portugueses na época, na 'ilha' Portugal Main Land que tão bem dinamizava. Cheguei, inclusivamente, a dar algumas aulas no espaço que ela e Ronin Devinna simpaticamente me disponibilizaram.
Não sei a data certa da 'entrada' da Violeta em SL, porque na pesquisa não aparece o seu nome!
Por onde anda a Violeta?
Graças a uma denúncia feita por algum(a) 'residente', a Violeta foi banida, alegadamente por não ter idade para estar na 'main grid'. Ao que consta, a 'Violeta versão RL' até tem 33 anitos, mas, face à acusação, a Linden Lab resolveu banir de imediato a residente portuguesa até prova em contrário!
Ou o processo de 'Age Verification' em Second Life não funciona, ou a Violeta passou ao lado dele, pelo que bastou uma denúncia provavelmente mal intencionada para a 'extraditar' desde o dia 18 de Abril!
Alguns (muitos) portugueses já se manifestaram ontem nas Help Islands da Linden Lab em defesa da Violeta, e existe mesmo uma petição online que exige da Linden Lab a sua readmissão.
Apesar de não conhecer bem a Violeta em Second Life, e muito menos a sua 'versão real', pasmei com a celeridade da justiça Lindeniana! Fez-me lembrar a justiça em Portugal que, por falta de meios e até prova em contrário, põe alegados suspeitos em prisão domiciliária, mesmo quem, por vezes, não cometeu o mínimo erro!
A Linden Lab fez o mesmo com a Violeta: "Vais para a RL e ficas por lá até verificar-mos se podes frequentar a 'grid'"!!! Ena, pá...! As 'West Coasts' estão cada vez mais parecidas...
O Skoolaborate Program é uma iniciativa que pretende pôr em contacto estudantes pré-universitários na aprendizagem da língua inglesa em Second Life.
Os alunos da English Language School de Kaohsiung, Taiwan, produziram um vídeo que explica o funcionamento de Skoolaborate na Teen Grid.
David Cox, professor na ELS, confessou que, "de início, estava um pouco preocupado com a dificuldade de aprendizagem dos vários programas necessários para produzir o vídeo. No entanto, os alunos aprenderam rapidamente", o que foi surpreendente. "Mostraram que são mais capazes do que alguma vez teria imaginado", conclui Cox.
Este projecto pré-universitário retrata bem as potencialidades da utilização dos 'mundos virtuais' e de Second Life em tarefas colaborativas, quebrando as fronteiras geográficas da RL e permitindo um intercâmbio e uma partilha de conhecimento multicultural muito interessantes e promissores.
Aqui fica o vídeo (com uma nota para a 'estranha' forma de representar os avatares dos 'pivots', que certamente não 'gravaram' os 'vivos' em SL):
Começam a surgir rumores sobre uma possível presença da Apple em Second Life!
A ideia da marca de Steve Jobs parece ser "tornar a ideia das compras online na Apple Store ou em iTunes numa experiência virtual imersiva" suspeitando-se que tal imersão se verifique em Second Life, como noticia o InfoWorld.
A Apple registou a patente 'Enhanced Online Shopping Atmosphere' que "descreve uma loja online na qual diferentes áreas de produtos disponíveis são representados em 3D, e nos quais os clientes podem ver e comprar os bens, bem como, se quiserem, interagir com outros clientes na loja virtual."
Um dos argumentos supostamente apresentados em favor desta hipotética iniciativa, é o de que as compras online "podem tornar-se estéreis e isoladoras". Nesse sentido, "a criação de experiências imersivas pode ajudar a vender mais produtos", terá argumentado a Apple.
O que faz também sentido, dizemos nós, é a ligação da 'maçã californiana' aos mundos virtuais, e a Second Life, ou não fosse Jobs uma eterna fonte de criatividade...
Um grupo de portugueses da 'ilha' Portucalis, tem programada a comemoração do 25 de Abril de 1974 em Second Life!
A festa já começou ontem à noite com música do Zeca Afonso e abertura de uma Exposição, e vai continuar nos próximos dias:
Domingo, 20
2:00 pm SLT - Abertura da Exposição na SL TRAVEL GUIDE & GALLERY (Portucalis II) 3:00 pm SLT - Música portuguesa ao vivo com Peltzer Hirano
4:00 pm SLT - Uma noite com música de Zeca Afonso
21 a 23:
2:00 pm SLT - Poesia e Exposição Itinerante em 'ilhas' portuguesas (NOTA: se pretenderem participar nas comemorações (sessões de poesia, ou mini exposição na vossa 'ilha', contactem por IM Afrodite Ewry ou Tpglourenco Forcella)
Quinta, 24
2:00 pm SLT - Música portuguesa ao vivo com OrangeLife Holmer
3:00 pm SLT - Canções com história
4:00 pm SLT - Fogo de artifício
Sexta, 25
2:00 pm SLT - Lançamento do livro de Ibrahim Bates na Livraria Lx
3:00 pm SLT - Festa da Liberdade
Sem revivalismos lacrimejantes, há História que se deve lembrar, também no metaverse.
Neste caso, comemora-se também a liberdade de expressão na Net, nos mundos virtuais, ou seja lá onde fôr... Convém não esquecer!
Após uma pausa 'forçada' por motivos de greve, os Discursos regressam ao seu ritmo habitual.
A greve teve algum efeito, que se reflecte no esclarecimento da LL no seu blog.
Apesar do pessoal da 'West Coast' não ter percebido seguramente patavina do que diziam os tipos da 'West Coast of Europe' que maioritariamente seguiram o discurso da Gwyneth, a 'coisa' parece ter tido direito, pelo menos, a um 'esclarecimento' extra.
Como na maioria dos artigos da LL, é necessário algum tempo para digerir o que tudo aquilo quer dizer na prática.
Numa primeira análise, a tentativa de 'forçar' a blogosfera a seguir as normativas instituicionais da LL parece votada ao fracasso (que me desculpem os senhores americanos), isto porque:
- a blogosfera não se 'força'
- a blogosfera não se 'controla'
- a blogosfera é teimosa como o raio, e quanto mais a tentam controlar mais ela prevarica
- por definição, a blogosfera é um espaço de expressão individual, a maior parte das vezes sem objectivos comerciais e concorrenciais para a LL
- a blogosfera é assim como uma espécie de 'Your World. Your Imagination.' ;)
...
Ficamos, para já, com a certeza que os infractores serão avisados antes de serem banidos de SL.
Como já li noutros blogs portugueses, se não houver uma associação imediata entre o nome do blogger e o 'residente', vai ser muito difícil banir alguém. No entanto, esta não é seguramente a solução que muitos procuram, já que os seus (nossos) blogs são, sobretudo, relatos e opiniões dos avatares que 'vivem do lado de lá'...
O que me faz mais confusão é esta dúvida que persiste:
- será que os eventuais 'danos comerciais' da LL pelo uso e abuso das suas 'preciosas' marcas têm sido maiores que a publicidade que conseguem pela existência de centenas de blogs em todo o Mundo?
- quantos cibernautas 'entraram' em Second Life por terem lido blogs sobre a matéria?
- quantas notícias na imprensa, tv e rádio foram publicadas em todo o Mundo à custa do trabalho dos SL bloggers?
Por favor, alguém que tente contabilizar tudo isto, e talvez a LL abra os olhos e crie um Programa Especial de Remunerações Extra aos seus fidedignos bloggers...
PS: já agora, quem tem blogs em inglês que faça o obséquio de publicar esta dúvida metódica a ver se chega ao 'lado de lá'...
De acordo Manifesto publicado pela Gwyneth Llewelyn e posterior Petição, este blog entra em Greve, não publicando até dia 18 Abril.
Accordingly to Gwyneth Llewelyn Manifesto and the following Petition, this blog is on Strike, without posts till 18th April.
O artigo "A Segunda Família", de Daniel Sampaio, na Pública de 06 Abril, pelo seu interesse e actualidade, suscita-me alguns comentários. Escreveu Sampaio:
"Os incidentes na escola do Porto e a demonstração - pela Internet - de que outros estabelecimentos de ensino poderiam conter situações de grave indisciplina, tiveram a virtude de fazer acordar muitos pais e educadores. A verdade é que quem contacta com jovens já se tinha apercebido como a voracidade de um quotidiano virado para o consumo e para o divertimento sem regras tem empurrado os adolescentes para um mundo em que o prazer e o espectáculo estão acima de tudo.
Esta maneira de viver que caracteriza muitos jovens de hoje inicia-se na infância ou na pré-adolescência. Cresceram vazios, sempre em busca de uma gratificação imediata, tornaram-se exigentes para com os pais, perderam de modo progressivo o sentido do outro: acima de tudo, querem estar bem, viver sem preocupações, "curtir" o momento. Os pais sentem-se perdidos, porque receiam ser firmes, na ânsia de tudo fazerem para que os filhos "sejam felizes" adiam dizer não, mesmo quando não concordam: preferem permitir, também porque às vezes é mais fácil. Quando a família se desmorona por doença mental ou por divórcio, os filhos são muitas vezes os bodes expiatórios dos progenitores e saltam de casa em casa sem que ninguém fale com eles. Mesmo quando a família se mantém intacta e sem problemas de maior, os adolescentes parecem considerá-la secundária, porque são os colegas, os amigos e os contactos na Internet que verdadeiramente os mobilizam. Fala-se então da "segunda família": os jovens vivem submersos na música preferida, nas roupas, nos adornos corporais e quem lhes interessa, em muitos casos, já não são os pais, os avós e os irmãos, mas os membros da sua nova rede relacional. A escola é importante não como fonte de conhecimentos, mas como alguma coisa que se tolera porque permite ter amigos e levar ao máximo experiências-limite, sobretudo se forem filmadas e exibidas para o grupo. Os pais assistem atónitos: acabadas as redes de vizinhança, enfraquecidas as organizações estruturadas na comunidade e dirigidas por adultos (igreja, escuteiros, grupos desportivos...), olham em redor e vêem os filhos adolescentes cada vez mais longe. É, por exemplo, habitual que os adolescentes faltem aos aniversários ou a outros rituais familiares, porque "vão sair", ou "é o dia de estarem com os amigos".
A explosão tecnológica trouxe a todo o lado esta "cultura" juvenil: telemóveis, grupos de conversação, dispositivos para ouvir música e muitas outras coisas permitiram a comunicação a distância e a socialização fora do controlo familiar: hoje muitos amigos não aparecem em casa e estão longe do grupo de pares de que tanto se falou nos anos noventa. Os ídolos não são os protagonistas da televisão ou do cinema, são sites e programas de conversação que nem sempre veiculam bons modelos: em muitos casos triunfam agora as mensagens hipersexualizadas, os sites das anorécticas, os links para a violência.
Que fazer? Encarar o problema e deixar de vez o discurso saudosista ou derrotado: em primeiro lugar, definir com o adolescente em causa a sua rede relacional. Os adultos responsáveis pela educação têm de saber com quem os filhos contactam, em proximidade ou à distância; perceber quem são os líderes do grupo e por que razão são influentes; trazer para casa membros da "segunda família", sem esquecer de fazer notar que a primeira é a crucial, porque será mais duradoura. Para isso, os pais devem partilhar experiências com outros pais que tenham filhos em situação semelhante, conhecer ao máximo as novas tecnologias, melhorar a proximidade com a escola sem invadir demasiado o território escolar.
O debate sobre estas questões demonstrou como se discute o acessório, sem que as pessoas se apercebam como tudo está a mudar na adolescência e na família. A nova facilidade na comunicação tem de ser a garantia de que os pais contactam os filhos durante o dia, mesmo que estejam a trabalhar. E é bom ver se todos estes comportamentos nos jovens não são uma luta contra o anonimato e o vazio das suas vidas: mesmo que o sejam, temos de os atalhar a tempo."
O discurso de Daniel Sampaio (como é habitual) está (felizmente) longe de ser conservador, alarmista ou ortodoxo.
Faltará, no entanto, nesta breve reflexão, assumir que a tal 'segunda família' é hoje mais do que 'um quotidiano virado para o consumo e para o divertimento sem regras', e muito mais do que 'estar bem, viver sem preocupações, "curtir" o momento...'!
As novas redes relacionais que os pais devem (segundo Sampaio, e muito bem, a meu ver) assimilar e compreender, já não são apenas exercícios hedonistas e 'de moda'. Os conteúdos que circulam nas ditas 'redes' ultrapassam as barreiras do lúdico e da diversão e começam a pisar os terrenos do conhecimento e da partilha de saber.
São inúmeras as experiências de utilização de redes sociais, nomeadamente nos chamados 'mundos virtuais', ao serviço de projectos educativos com população escolar no ensino secundário e universitário (consulte-se, por exemplo, o Global Kids' Digital Media Initiative).
Daí a necessidade de enquadramento dos fenómenos mais populistas (como o do incidente na escola do Porto) numa 'nova' realidade social, comunicacional e relacional marcada pelo 'digital'.
A 'segunda família' fundir-se-á com a 'primeira' a médio prazo, assim as intenções comuns sejam as de comunicar, aprender, partilhar, sobreviver e... viver!
Por Paulo Frias at 17:06 0 comentários
Etiquetas: carlos gardel, enrique morente, estrella morente, flamenco, la niña de los peines, volver
Para dar a conhecer a cultura Maya e o México, em particular, o 'Turismo do México' reconstituiu em Second Life a 'Ruta Maya', promovendo-a através de um clip de Kronos Krikorian.
¡Qué chevere!
A Idaho State University desenvolveu o 'Idaho Bioterrorism Awareness and Preparedness Program', no qual se integra Play2Train, um espaço de treino em Second Life criado para apoiar o Strategic National Stockpile (SNS), o Simple Triage Rapid Transportation (START), e o Risk Communication and Incident Command System (ICS) Training.
Este espaço virtual espalha-se por duas ilhas, Asterix e Obelix, com uma ilha dedicada a uma cidade virtual e outra a um hospital virtual. O design deste ambiente virtual é influenciado pelos 'dioramas' frequentemente usados pelos serviços de emergência para apoiar os seus exercícios. Um 'diorama' "é uma réplica parcialmente em 3D de uma paisagem que mostra eventos históricos, cenas da natureza, urbanas, etc, com fins educativos ou de entretenimento" (fonte: wikipedia). Play2Train fornece oportunidades para treino, através de uma interacção do tipo RPG, e pretende iniciar programas educativos de emergência em mundos virtuais.
Aqui fica o clip que mostra a recente réplica de um Hospital:
A edição deste ano do evento 'Comunicação, Educação e Formação em Second Life', a decorrer na Universidade de Aveiro entre 26 e 28 de Junho, tem mais um atractivo: o 'In-World Foto Contest cef^sl 08'!
Pretende-se promover a captura e envio de snapshots em Second Life sobre os temas do evento, com prémios aliciantes.
Depois de consultar o Regulamento do Concurso, peguem nas câmaras e... 'click'!
O SoftBank Corp., gigante japonês das telecomunicações e media, tem uma presença assinalável em Second Life onde apresentou há pouco tempo um projecto de investigação muito interessante de 'mixed reality'.
É um robot gigante que segura nas mãos uma caixa transparente que se movimenta nos três eixos a partir da manipulação de uma 'bandeja' na RL, fazendo com que os pobres avatares que se encontram na caixa tenham alguma dificuldade em manter-se de pé graças a este 'acelerómetro' ;)
Tentei usar o sistema na 'ilha' do SoftBank, mas não havia, no momento, ninguém na RL a manipular o sistema :(
No entanto, está prometido para breve um sistema de 'playback' que garante diversão contínua a quem visitar o espaço.
Se, para já, a experiência tens fins exclusivamente lúdicos, parece abrir algumas portas para o desenvolvimento de interfaces 'mistos' que prometem revolucionar a interacção neste mundo virtual.
Para já, fiquem a conhecer o divertido vídeo do mega-robot, e visitem a 'ilha' ;)
A peça Avatar Heroes no DailyShow de Jon Stewart, emitido ontem, chamou-me a atenção no NewWorldNotes.
O excerto humorístico acerca da sessão no Congresso sobre telecomunicações e... mundos virtuais foi bem parodiado por Stewart, como verão no vídeo abaixo, onde até surge um correspondente em SL quando, como refere Wagner James, "o Daily Show não existe in-world"!!! "Paradoxalmente, a versão de Jon do virtual é ainda mais virtual."!
Mas é divertido:
A Gax Technologies, empresa luxemburguesa, organiza pela segunda vez a feira 'Working Worlds' em Second Life.
A 29 de Maio, será possível tomar contacto com as empresas empregadoras dos países do Benelux (Luxemburgo, Holanda e Bélgica) que utilizam o metaverse para recrutar os seus futuros quadros. O marketing e os recursos humanos assumem definitivamente a importância dos mundos virtuais como forma de comunicação privilegiada.
Graças a 'Working Worlds', as empresas procuram novos talentos nas áreas da finança, da informação, das tecnologias, da indústria ou do comércio, e dão uma imagem criativa e dinâmica de si próprias. Cornelia den Hartog, Managing Director da Gax Technologies, realça o "tremendo sucesso da primeira edição que confirma a qualidade e a originalidade deste novo método de recrutamento."
A edição do ano passado dedicada apenas ao mercado luxemburguês contou com mais de 2.000 visitantes, 1.500 candidatos que preencheram os seus CV's e 300 entrevistas inworld. Pelo menos 50 vagas foram preenchidas como resultado do evento!
Esqueçam as viagens incertas com a mala de cartão, e comecem por 'emigrar virtualmente'!
Quem sabe assim começa uma carreira no estrangeiro...
Mais informações em working-worlds.com.
Por Paulo Frias at 12:16 0 comentários
Etiquetas: benelux, emigração, marketing, recursos humanos, working worlds
Depois de ter publicado neste blog o post sobre "Um 'rato' para a 'segunda vida", o Leonel Morgado aka Andabata Mandelbrot, professor na UTAD, fez o favor de esclarecer que o projecto da 3D Connexion estará relacionado com um trabalho desenvolvido precisamente por esta empresa, a UTAD e a Logitech.
Leiam o post do Andabata aqui e fiquem a saber que o 'rato tinha sangue' português!
Descobri uma referência a Skidz Prims, uma ferramenta para 'builders em SL, que me deixou espantado pelas facilidades que introduz na construção inworld.
Vejam só algumas das funções e consequências:
- oito modos: Snap, Gap, RotClassic, RotScale, Mirror, Move, Link e Undo (finalmente um Undo :)
- TextureReplace para pré-visualizar rapidamente as texturas em vários prims duma vez só
- resolve algumas 'teimosias' comuns na construção
- faz poupar um monte de tempo
- reduz a frustração dos builders
- actualizações gratuitas
- sem comandos para memorizar
...
Apesar de custar 2,650 L, parece valer a pena para os 'Bob's Construtores' de SL...
Está disponível aqui, e tem vídeos de apresentação:
Revelando entender as particularidades da navegação em Second Life e outros ambientes, a 3D Connection (subsidiária da Logitech) anunciou o lançamento do novo 'rato' Spacenavigator 3D.
Sob o lema 'Move, fly and build' a 3D Connection desenvolveu um periférico ergonomicamente mais ajustado aos movimentos de um avatar em Second Life, da nevageção em GoogleEarth, ou da construção em Maya ou 3D Studio Max...
Pelo que se entende do vídeo de apresentação, a tarefa dos 'SL builders' fica mais facilitada :-))
fonte: mundolinden.com
Jeremy Bailenson, da Stanford University, publicou em Fevereiro com a sua equipa um artigo sobre o impacto que os 'Mundos Virtuais' podem ter no 'Mundo Real'.
Andrea Foster, do 'The Chronicle of Higher Education', escreveu sobre o trabalho de Bailenson:
"Esqueçam os comprimidos, a hipnose e a meditação. Perder peso ou aumentar a auto-confiança pode ser alcançado criando um avatar e 'vivendo' num mundo virtual, afirmou Jeremy Bailenson.
O director do Virtual Human Interaction Lab da Standord University explorou as formas de como os comportamentos online se espalham no 'mundo real'. Habitualmente, as pessoas assumem que as suas actividades online resultam da sua experiência real. Mas Bailenson e a sua equipa demonstraram o contrário. As suas experiências revelaram, por exemplo, que as pessoas que vêm o seu avatar ganhar peso por se alimentarem em excesso, estão mais aptas para adoptarem um plano de perda de peso na realidade.
O artigo de Bailenson apresentado em Stanford em Fevereiro impressionou os psicólogos e é considerado promissor para a melhoria da qualidade de vida. Bailenson alertou, no entanto, para o uso perverso deste fenómeno: os marketeers, por exemplo, podem usar os mundos virtuais para tentar manipular o que as pessoas consomem ou as suas preferências políticas.
Por Paulo Frias at 19:15 0 comentários
Etiquetas: james bailenson, real, stanford university, virtual
Já ouviram falar de vSide?
É um mundo virtual social (social virtual world) onde o PalUP entrou, e onde, com experiência de 'residente' em Second Life, facilmente se desenrascou na definição do avatar e no convívio numa festa da zona de... Tyra Banks! Wow!!!
A super-modelo dá o nome a uma das zonas deste 'mundo', quase exclusivamente dedicado à 'vida social' construindo uma grupo de amigos 'à la social networks'.
O grafismo é muito peculiar (um pouco de Hugo Pratt à mistura) e muita música...
Em breve o PalUP de vSide dará mais notícias, ok?
Enrique Dans publicou um post interessante sobre 'Gadgets que morrem de êxito', a propósito de uma conversa que manteve com a gente da Soitu.
Excerto:
"Na minha opinião, trata-se de um problema vinculado fundamentalmente ao novo tipo de marketing desenvolvido na rede: dantes, o marketing era uma ferramenta basicamente unidireccional, e os processos de “contágio” ou de viralização podiam antecipar-se, manter-se sob controlo ou eram, em geral, de dimensões menores. A marca podia, regulando em certa medida a intensidade do seu esforço publicitário, criar uma “ansiedade” maior no mercado, e os processos externos eram, em geral, de escassa magnitude. Hoje em dia, a rede permite que esse tipo de processos fluam com uma velocidade muito superior, à escala planetária, e que se se iniciem fenómenos virais de força incontrolada. Antes de chegar o Asus Eee, que chegou a vender um PC em cada seis segundos, ou o iPhone a Espanha, e antes de chegar ao mercado, já lemos artigos sobre eles, já os comentámos em blogs e foruns, já havia leaks das suas especificações, e toda uma série de pessoas comentam sobre eles profusamente, o que leva a uma clara magnificação do processo e a uma perda de controlo por parte das marcas. Sem dúvida, uma consequência interessante."!!!
Este fenómeno 'interessante' lembra-vos alguma coisa? ;)