13.4.09

O Futuro do Jornalismo em Mundos Virtuais

O recente 'Virtual Journalism Summit' organizado pela Washington State University (cujo vídeo pode ser visto aqui), veio confirmar o interesse crescente pela produção de conteúdos jornalísticos em Mundos Virtuais, nomeadamente em Second Life.

Atestando esse interesse, também a American University no Cairo produziu um curto documentário sobre Jornalismo em Second Life.
Nessa peça, abaixo reproduzida, foi dada a oportunidade a oito bloggers de política egípcios para entrevistar James K. Glassman, um dos chefes da diplomacia americana nos tempos de Bush.

Conforme noticia o The Chronicle Higher Education, citando alegadas declarações de Lawrence Pintak, director do Kamal Adham Center for Journalism Training and Research na American University no Cairo, "Estamos a pôr em contacto gente que se encontra fisicamente em lados opostos do Mundo numa conversação em tempo-real."

Rita J. King, ex-jornalista e actual directora criativa da Dancing Ink. Productions responsável pelo design do espaço virtual onde teve lugar a conferência e que também ajudou a criar o documentário, vai mais longe: "As tele-conferências põem as pessoa a dormir", afirmou ao The Chronicle. "Além disso são caras. Mas o mais importante é que a experiência de interacção em espaços tridimensionais é muito mais rica de sensações e psicologicamente. Neurologicamente, as pessoas sentem que estão a partilhar uma experiência se o seu cérebro perceber que estão num espaço partilhado", afirmou. "Descobri que as pessoas parecem ser muito mais sinceras nas entrevistas conduzidas virtualmente, mais do que ao telefone ou pessoalmente... É mais seguro fisicamente, mas também elimina elementos de desconforto que fazem parte do mundo físico, relacionados com status socio-económico, idade, género, raça...".

Os mundos virtuais, em fase de maturidade, atraem cada vez mais profissionais do jornalismo para o exercício da profissão.


1 comentário:

Gwyneth Llewelyn disse...

.. e ainda bem que assim é. Independentemente de ser "mais giro" ou de permitir "mais possibilidades" (nomeadamente, o de entrevistar pessoas que de outra forma não seria de todo possível), cada vez mais acredito que o papel do jornalista (profissional, bem entendido...) é cada vez mais crucial nestas novas andanças virtuais... já que grassa o amadorismo, que, mesmo bem intencionado, acaba por veicular informação de todo errada. E às vezes é justamente quando o autor de uma "notícia" estar cheio de boas intenções que causa mais "estragos"...

Contra mim falo, que sou uma humilde amadora ;) mas sou também a primeira pessoa a admitir que é preciso mais e melhor jornalismo no espaço virtual — que não deixa de ser um "espaço" com seres humanos, como qualquer outro.