A importância de uma expressão 'virtual'
"Uma das vantagens de Second Life é que não posso ambicionar que as minhas expressões, gestos ou silêncios estejam plenos de significados."
A ideia pertence a Chestnut Rau, que no seu blog confessa: "Comecei por dizer que sentia a falta da linguagem corporal em Second Life, mas, agora que penso nisso, talvez a falta de elementos não verbais seja um coisa boa..."
Seguindo o raciocínio de Chestnut Rau, é fácil chegar à dúvida que formula: serão fáceis de descodificar os elementos de comunicação não-verbal em Second Life? Um gesto marcado de repulsa ou de ódio é perceptível? E um olhar sedutor ou de desconforto?
Como refere Wagner James Au, "Recentemente, tem-se falado muito sobre o desenvolvimento de teconlogias video para gravar e traduzir expressões 'reais' para um avatar...", mas as questões colocadas por Chestnut fazem pensar (uma vez mais) sobre as vantagens de transportar para mundos virtuais réplicas de espaços, comportamentos e, agora, elementos de comunicação não-verbal...
A eficácia de uma troca cúmplice de olhares (tão gasta na 'realidade') nunca terá uma correspondência virtual do mesmo tipo. Provavelmente, essa cumplicidade passará para uma janela de texto, ou por uma flor disparada que nem seta ao coração do(a) interlocutor(a).
O que Chestnut começa a equacionar é a descoberta de uma meta-linguagem específica e desligada dos paradigmas da 'realidade'...
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